Apesar de se tratar de um cenário geral a crise econômica, lideranças do Sistema Cofeci-Creci têm procurado amenizar a situação

Não é mais novidade a situação de crise econômica que o Brasil vem atravessando. São muitos os setores afetados, e o mercado imobiliário também vem sofrendo impactos em virtude das decisões econômicas tomadas pelo governo federal. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, aumentou os juros e mudou as regras para o crédito imobiliário. Além disso, o Banco Central impôs constantes elevações dos juros para todo o mercado nacional. As consequências foram grandes nas negociações, tanto dos imóveis novos como dos usados.
Apesar de se tratar de um cenário geral, lideranças do Sistema Cofeci-Creci têm procurado amenizar a situação. Há alguns meses, o presidente João Teodoro da Silva, acompanhado dos presidentes dos Conselhos Regionais, Sérgio Sobral (SE), Augusto Viana (SP), Manoel Maia (RJ) e Paulo Tavares (MG), reuniu-se com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que é responsável pela formulação das políticas e programas habitacionais do país. Na ocasião, representando os corretores de imóveis do país, os presidentes pediram o apoio do ministro na luta pela reversão das medidas que tanto prejudicaram o mercado imobiliário.
Os resultados desse encontro já são visíveis. Na semana passada, a Caixa liberou R$ 4 bilhões para a linha de crédito imobiliário pró-cotista, criada pelo Conselho Curador do FGTS em maio. A linha financia até 85% de imóveis que custam até R$ 400 mil com prazo máximo de 360 meses (30 anos). As taxas efetivas de juros variam de 7,85% a 8,85% ao ano, dependendo do grau de relacionamento do cliente com a Caixa. Quem é correntista ou tem conta-salário no banco é beneficiado com taxas menores.
E não para por aí, pois a Caixa é o segundo banco oficial a inserir mudanças no crédito para habitação, reforçando o orçamento das linhas pró-cotistas nos últimos dias. Antes, o Banco do Brasil liberou R$ 1 bilhão para a mesma modalidade de crédito. A instituição financeira irá financiar até 90% do valor dos imóveis, na mesma faixa de preço, com juros de 9% ao ano. Para o presidente do Creci-SE, Sérgio Sobral, essa gradual e impactante reversão no cenário é de fundamental importância para que o mercado imobiliário siga se desenvolvendo.
“Nós sabemos que o atual momento da economia brasileira é de cautela, mas é nosso dever, como representantes dos profissionais corretores de imóveis e do próprio setor, trabalhar para reparar os prejuízos e colaborar para o fomento do aquecimento do mercado. Vamos manter o rigor sim, mas sem frear o crescimento. Até porque se o setor imobiliário sofre prejuízos, diversas camadas da sociedade também sofrem o impacto. Podemos considerar uma grande conquista essas medidas da Caixa e do Banco do Brasil. E vamos seguir vigilantes, sempre buscando os interesses do setor”, ressalta Sobral.