Começamos 2018 com uma notícia motivadora para a economia: a Caixa Econômica Federal anunciou, no início do mês de janeiro, a retomada da linha de financiamento imobiliário. Com isto, as pessoas que não se enquadram no programa Minha Casa, Minha Vida, têm acesso a taxas de juros mais acessíveis (de 7,85% a 8,85% ao ano). Serão disponibilizados R$ 4 bilhões para a modalidade. Têm direito ao financiamento trabalhadores que possam comprovar que trabalham há, no mínimo, 36 meses sob o regime do FGTS ou que têm saldo em conta vinculada de pelo menos 10% do valor do bem a ser financiado. Esta viabilização de novos financiamentos aproxima o brasileiro da realização do sonho da casa própria.

E estamos falando de apenas um dos motivos que nos levam a crer nesta recuperação. O financiamento alongado, somado aos novos nichos de mercado e ao grande potencial do Nordeste, nos traz perspectivas de recuperação e desenvolvimento. Existe, por trás desta conquista, um trabalho árduo do Sistema COFECI-CRECI junto à CAIXA. O presidente do COFECI, João Teodoro da Silva, e eu – como presidente do CRECI-SE e diretor secretário do COFECI – estamos atuando incisivamente em prol de ações positivas da CAIXA. Desde agosto do ano passado, temos participado mensalmente de reuniões com a presidência e todo o staff da instituição financeira com o intuito de diminuir as taxas de juros, aumentar o percentual de financiamento e alongar o tempo de quitação.

Como resultado dessas incansáveis reuniões, já alcançamos uma vitória e tanto: os imóveis adjudicados (retomados) da CAIXA já podem, por meio de um convênio firmado com  o Sistema COFECI-CRECI, ser comercializados não só por imobiliárias como também por corretores de imóveis. A luta agora é para desburocratizar o processo de credenciamento desses profissionais, bem como as exigências que são feitas aos interessados na compra. Os esforços não param por aí: estamos reivindicando que os corretores de imóveis sejam incluídos nos editais de avaliação mercadológica de imóveis da CAIXA, que por ora só convocam os engenheiros civis. Também solicitamos a criação de um seguro de responsabilidade civil para o corretor de imóveis, que protege a carreira, imagem e patrimônio do profissional, e também assegura a cobertura de prejuízos para todos os envolvidos na transação.

A atuação do Sistema COFECI-CRECI tem sido determinante para a viabilização desses objetivos. Há reuniões mensais com presidentes de CRECI’s e de instituições da construção civil (Abecip, Secovi, entre outras) de todo o país para que sejam compartilhadas ideias, reclamações e demandas com foco no desenvolvimento do mercado imobiliário. Eu, você e todos que de alguma forma contribuem com este setor, estamos nos reerguendo. O mercado imobiliário está se reerguendo com o nosso trabalho. E por falar em trabalho, temos muito pela frente! Bons negócios a todos.

Sérgio Waldemar Freire Sobral

Corretor de imóveis, Presidente do Creci-SE, diretor secretário do COFECI e vice-presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Portuguesa (CIMLOP)

*Conselhos Federal e Regionais de Corretores de Imóveis